História do Patrono
Salim Bittar casou-se com Merie Hazim Bittar em 20 de outubro de 1920 na cidade de Baino no Líbano. Nasceu em 12 de maio de 1899. Embarcaram no dia 18 de julho de 1924 para o Brasil onde desembarcaram no dia 23 de agosto do mesmo ano; trouxeram o filho Mercedes com 4 anos de idade cheios de esperança de dias melhores nesta nova pátria. Corajosos e animados passaram 15 dias em São Paulo em casa de parentes. Salim foi para Urutai, Estado de Goiás, onde era esperado por três irmãos que lá residiam, Jorge, Taufik, Milhem e um tio, José Bittar, a quem todos atendiam com respeito, por ser o mais velho da família. Nasceu o segundo filho Carim. Em 1926, deixa Urutai e muda sua residência para Ituiutaba onde estabeleceu um comércio de secos e molhados na Av. 17 esquina com a Rua 18, onde funcionou o Ituiutaba Club vizinho de João Dib; o casal passou a residir em outros locais. Em Ituiutaba nasceram Márua (esposa do Ir.: Assunto) e Nagibe (esposa do Ir.: Calil. Em 05 de maio de 1930 mudou-se, Salim Bittar com esposa os quatro filhos e o primo Jamil Bittar para o arraial do Capim, hoje, próspera cidade de Capinópolis. Lá chegando comprou a loja do Sr. Dico Borges e construiu uma casa na fazenda de Jerônimo Maximiano da Silva (fundador de Capinópolis e pai do Ir.: Luiz de Almeida) que recebeu a família e se tornaram grandes amigos. Instalou no local, uma loja bem sortida. Nasceu Nadime (mãe do Ir.: Geraldo Júnior). - Salim Bittar e Jerônimo Maximiano para solidificarem mais esta amizade, convidaram o padre José, de Guaxupé da Igreja Ortodoxa, para ir à Capinópolis a fim de realizar o batismo do menino Luiz tendo como padrinhos o casal Salim Bittar e da menina Nadime que teve como padrinhos o casal Jerônimo Maximiano tornando-se compadres. Nasceu João Bittar e depois Sumaia (esposa do Ir.: Jamil). Viajantes de inúmeras firmas do Brasil marcavam nas suas agendas de viagem, o pernoite, o almoço ou o jantar na casa daquele patrício que não media esforços para bem hospedar àqueles amigos. Sua esposa e companheira, partilhava com ele toda esta luta, demonstrando sua aptidão culinária, ao preparar rapidamente um jantar, onde oferecia frango ou, mesmo mais tarde da noite, estava pronta a assar carne de carneiro para melhor agradar a visita. Fogão de lenha, cisterna com sarilho, cozinha de tábua, nada disso esmorecia o amor que o casal dispensava aos filhos, compensado pela alegria de uma música árabe tocando em uma vitrola de corda e cada qual tentando dançar ao ritmo das palmas dos visitantes, ou mesmo do pessoal de casa. Muito justa homenagem dada ao nosso Salão de Festas com seu nome, pois ela sabia receber os convidados, fazia um bom jantar e tinha muito amor com a família e amigos. Ainda em terras de seu compadre Jerônimo Maximiano da Silva em Capinópolis, Salim Bittar instalou ao lado da sua loja, uma fábrica de manteiga de leite, com o nome de Manteiga Pirâmide, que era fabricada por Isaac Luiz também amigo de Jerônimo Maximiano. Quando Isaac saiu da fábrica, seu lugar foi ocupado por Nicolau Bittar pai de Salim. Esta manteiga era enlatada na própria fábrica e vendida em Uberlândia à firma “Irmãos Andraus”, para ser armazenada em câmara fria. Napoleão Andrade, Jerônimo Medeiros e Augusto Garcia (Augusto Brefado) sucessivamente, em Capinópolis, foram os responsáveis pela saúde das crianças que cresciam naquela pequena cidade. As escolas de Dona Milota, do Sr. Alfredo e de Dona Carolina, foram as primeiras que receberam os filhos mais velhos do casal, que às vezes iam até três no mesmo cavalo. Em 1938, para que todos os filhos conseguissem estudar, Dona Merie passou a morar em Ituiutaba, à Rua 16 esquina com a Avenida 9. Três anos após, nasceu Labibe (esposa de Edson já falecido). Deixando os filhos maiores no Instituto Mardem, o casal resolveu voltar para Capinópolis residindo em casa no centro da cidade e sempre trabalhando no comércio. Salim Bittar instalou uma serraria às margens do córrego hoje Bairro São João em Capinópolis, era movida à vapor. Durante o dia o vapor funcionava a serraria e durante a noite, produzia energia que iluminava grande parte da cidade; sistema precário, porém, proporcionou muito conforto aos habitantes de Capinópolis. Dona Merie volta para Ituiutaba permanecendo com seus filhos enquanto Salim passa vários dias da semana em Capinópolis, batalhando para sustentar sua família com serraria, máquina de arroz, fábrica de manteiga e até vendendo carne de porco e banha. Nesta época, em sociedade com o Sr. João Moreno, (pai de Marta, Napoleão, Ibrahim e Esperidião Faissol), instalou uma fábrica de manteiga em Ituiutaba, nas imediações do córrego Sujo, com a Avenida 7, próximo ao local que chamavam de charqueada. A manteiga era denominada Bitarina. Em 1958, fixou residência definitiva em Ituiutaba, à Rua 16 esquina com Avenida 9. Salim Bittar foi iniciado na Loja Maçônica “Luz e Caridade”, de Uberlândia, em 21 de março de 1937; seu placet de iniciação é de nº 71. É fundador da Loja Maçônica “Ciência e Trabalho” nº 30 de Ituiutaba. Fundador do Capítulo Rosa Cruz 16 de Setembro (hoje, Capitulo Rosa Cruz Salim Feres). Conseguiu o Grau 30 no Supremo Conselho do Brasil – cadastro geral nº 1.769. Possui a Comenda da Ordem da Águia, a mais alta insigne condecoração maçônica da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais. Membro Honorário da Loja Maçônica “Ciência e Trabalho” nº 30. Em Capinópolis, em fins de 1953, Salim Bittar fundou o Triângulo Maçônico que ficou assim constituído: Salim Bittar, Artênio Magalhães (escriturário do cartório de Capinópolis) e José Ferreira Menezes Júnior (escrivão do Distrito de Cachoeira Dourada). O Triângulo Maçônico de Capinópolis recebeu o nome de “Ordem e Progresso”, as reuniões eram realizadas na própria serraria em Capinópolis. Em 9 de setembro de 1954, o Triângulo Maçônico “Ordem e Progresso” foi transformado em Loja Maçônica “Justiça e Verdade” do Grande Oriente do Brasil, primeira Loja Maçônica de Capinópolis. Em 1965 foi sócio honorário do Rotary Clube de Ituiutaba. Em 1971 foi-lhe concedido o Título de Cidadão Honorário de Ituiutaba, projeto do Vereador Ir.: Youssef Gergi Sabbag
É com muito orgulho que temos Salim Bittar como nosso Patrono.